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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

quem poderia pendurar um nome em você?

O de sempre, mas como sempre muito bom. Já dizia um texto que morar por aqui é ter pelo menos um amigo músico, só num dia eu conheci alguns caras bacanas do Cinco Rios e da banda Churros, e ainda tomei umas com o cara do Tarja Preta, pra depois ir pra casa dormir...

... dormir, acordar e sair pro choque. Encontro marcado com Ruby Teusday, que dormiu até Sunday. Mas como para ela o ontem não importa, desde que o sol esteja luminoso, ou a noite ainda mais escura...

Ninguém sabe, ela vem e vai. Mas nem por isso direi adeus, naquele lugar de sempre, pela primeira vez marcado chegou fazendo muito barulho uma turma de Velotrol. Dentro de um pub bacana eles montaram os seus instrumentos e fizeram uma bailão do rock...

Hoje já era amanhã e eu ainda esperava para dar adeus a Ruby Tuesday... (quem poderia pendurar um nome nela?), mas como ela muda com todo dia novo, sei que ainda sentirei falta dela...
Com o circo ou o autódromo (velotródomo) montado, Daniel começou a pintar a sua bateria, seus movimentos, mesmo que sejam uma quebra de tempo com uma porrada na caixa, prato e bumbo dão a impressão de que ele está pintando e não tocando as músicas. E tinha uma garota ali fazendo o seu papel de menina que espera por alguém, sabendo que só tem uma pessoa naquele lugar que lhe interessa.

Ela também sabe que tem que se deixar livre, pois esse é o único modo de ser, por qualquer custo, numa vida onde nada é ganho e nada é perdido ela terá, esperando, o que muita gente tentou, subindo até chegar a ela.

Elvis só toma Heineken quente, mas canta qualquer coisa. Os Vinícius (do baixo e da guitarra) estão em qualquer lugar dos seus instrumentos... os dedos dançam sobre as cordas... Do início com Allman Brothers ao final com With a little help from my friends o Velotrol toca com marcha alta, de lado na curva! Mas mesmo com tudo isso, não dá pra pensar só em uma coisa para achar o rock´n´roll... não há tempo algum para perder, se você perder os seus sonhos, você perderá a sua cabeça...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Prazer em conhecê-lo, espero que adivinhe o meu nome...

Prazer em conhecê-lo, espero que adivinhe o meu nome...

Todo mundo tem o seu lado B, alguns tem até os lados C, D... mas não existe ninguém que só tenha um lado. É possível você ver várias coisas com o lado B estampado de forma mais forte do que se possa imaginar.

Quando vi Hilmara Fernandes and the Mothership vi uma banda disposta a fazer o melhor do blues e soul, mas que já percebeu que se não entrar nos embalos de sábado à noite não conseguirá fazer ninguém chegar perto do palco, onde inclusive, o som é imensamente melhor quando se trata do bar Vinnil.

O lado B, dançante, dessa banda grita por atenção em meio a um repertório muito bem elaborado e conduzido pela Hilmara. Se ficassem nos clássicos, seriam uma banda venerada por um seleto, e consequentemente pequeno, público altamente crítico e de bom gosto. Não era bem rock´n´roll, mas eu gostei.

Nesse show, curiosamente, eu vi um cara, até então não estou certo se ele era homem ou se homem era o lado B dele, com uma garota que chamava atenção pela sua suavidade, doçura e obviamente, pelo seu lado B masorquista e sombrio... o que ela viu naquele ser de lados esquisitos? Era a noite como palco para surpreender com os lados B´s.

Como eu não consegui satisfação com a pequena viagem da Mothership, uns 45 minutos (cheguei o show já tinha começado), eu segui para o Garage onde tinha uma banda que me surpreendeu com a diversidade e competência dos rapazes de Dartford. Era como se fosse um arco-íris, mas com as sete cores bem diferentes. (Você sabia que o Betinho do It´s only Rolling Stones chega em casa e escuta Beatles? Mas logo que o primeiro gole tira a sua máscara careta e aparece seu lado B ele mergulha no que o rock´n´roll tem de mais profundo...)
... Voltando, ao chegar no Garage fui surpreendido pelo lado B de uma banda que é referência até pra quem não escuta rock. Quando em Dartford, em 1960, Keith e Mick conversaram eles começaram uma história que já foi contada para 1,5 milhão de pessoas num “luau” em Copacabana. Mick estava lá, a voz era dele. O guitarrista levado pelos braços por Angus Young e Jimi Hendrix representou com a alma o pai do Jack Sparrow.


A banda Metamorphosis provoca metamorfose. Como pode você gostar de algo que não conhece? Então, eu acordei gostando mais da parte dos Stones que eu não conheço. Não ouvi Start me up, Brown Sugar, Jumping Jack Flash… mas não fez falta alguma... eles quebraram tudo, e dos cacos que sobraram, eu pintaria todos de preto e ainda assim daria pra ver cores em qualquer lugar.

Sabe o que achei no lado B do rock n´roll escondido atrás de muita luz, fama e uma boca enorme?... só rock n´roll, mas eu gostei.